Quero dizer que penetrar a fundo em um ambiente intocável ou virtual antes parecia “coisa de outro mundo” de verdade. Hoje, estabelecer relações superficiais que podem se tornar muito profundas é natural, principalmente com plataformas que dispõem de ferramentas que associam interesses comuns e consequentemente nos permitem conhecer muito bem o outro.

Saber transitar e compreender essas relações começam a ser desafios na realidade do jornalista atual. Mergulhando nesse contexto, a formação multimídia do profissional também significa perceber as nuances que caracterizam as relações sociais on line para começarmos a “fisgar” nossos leitores. Ou seja, é preciso conhecer o meio, a maneira como os internautas interagem entre si e com o mundo off line para então produzir a informação que seja alvo de discussão e interesse comum. Afinal o conceito de jornalismo na web 2.0 passa a ser totalmente atrelado a um avanço no nível de interatividade.
Não é que vamos mudar a maneira de fazer jornalismo, mas temos que pensar em desenvolver formatos que agradem ao nosso público, que despertem o interesse desta determinada audiência que já é maioria. Não estamos falando de público específico, mas de novos meios de comunicação de massa em que a informação pode se difundir com muita rapidez. As redes sociais estão lotadas de nativos e imigrantes digitais em busca de diálogo, de informação e mais ainda de interatividade.
Fazer jornalismo no ciberespaço não é mais pensar em um conteúdo isolado, mas um conteúdo que abre espaço para ser discutido e pronto para ser contestado. Produzir conteúdo para esta geração que vive conectada é apresentar formatos criativos e mais atraentes, exercitar a multimidialidade, pois a natureza de aprendizado mudou e os hábitos tradicionais foram rompidos.
A geração digital que lota as redes sociais vive uma outra cultura e conhecer a audiência faz parte dos desafios do profissional da Era digital. Veja como as pessoas conceituam jornalismo digital.